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OS SISTEMAS DE AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO E AR CONDICIONADO (AVAC) NO CONTROLE DA INFECÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE (EAS)

Em Estabelecimentos de Saúde (EAS) embora a maioria das infecções nosocomiais seja causada por fatores como práticas inadequadas de higiene, falta de limpeza das mãos ou contaminação das superfícies, existe algum risco de propagação da infecção pelo sistema de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC); por isso foram desenvolvidos códigos e diretrizes que cobrem o projeto e a operação dos sistemas de AVAC para EAS.
Algumas das maneiras pelas quais os microrganismos potencialmente infectantes podem se espalhar em um ambiente de assistência médica incluem:
– espirros e tosses,
– inalação,
– contato,
– deposição no centro cirúrgico ou ferida aberta,
– névoa de água, e
– picada de inseto.

Os sistemas de AVAC podem impactar as HAIs (Healthcare Associated Infection) através de:
– diluição (por ventilação),
– qualidade do ar (por filtração),
– tempo de exposição (por renovação de ar e diferencial de pressão),
– temperatura,
– umidade
– viabilidade do organismo (ultravioleta – UV), e
– fluxo de ar.

A ciência do controle de infecções causadas por microrganismos no ar é uma mistura complexa de engenharia, microbiologia, da física de partículas e medicina. A quantidade de partículas que se deposita depende do tamanho, forma, densidade e, é claro, do movimento do ar. A turbulência dentro de uma sala aumenta o tempo de permanência de partículas maiores no ar, daí a necessidade de fluxos de ar lami-nar nas salas de cirurgia. Partículas ou aerossóis com tamanho inferior a 1µm prati-camente não são afetados pela gravidade e permanecem em suspensão por causa do movimento browniano. Aerossóis gerados por tosses e espirros geralmente afetam outras pessoas num raio de 0,9 a 1,8 m. É praticamente impossível para os sistemas AVAC exercer controle nesta situação; portanto, a infecção deve ser controlada usando proteção e/ou isolamento pessoal. A viabilidade dos microrganismos incorporados aos aerossóis é afetada pela tempera-tura, umidade e velocidade do ar. Memarzed (2001a) resume e fornece uma extensa bibliografia sobre esse assunto.
Embora o número de infecções transmitidas pelo ar seja uma pequena porcentagem do número total de infecções por HAIs, o número é significativo o suficiente para ga-rantir cuidados no projeto de sistemas de AVAC para instalações de EAS. Portanto, muitos aspectos dos códigos e diretrizes atuais de projeto de AVAC são motivados pelo desejo de reduzir infecções causadas por inalação e deposição.
Fonte: HVAC Design Manual for Hospitals and Clinics – Second Edition – ASHRAE.
Tradução livre de Francisco Hernandes (www.franciscohernandes.com.br [email protected]).
Correção: Prof. João Camilo

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